Proibição de Celulares

Publicado: 9 de fevereiro de 2010 por Kzuza em Comportamento, Cotidiano
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Hoje vi um lance interessante. O UOL está propondo um tema para redação bastante polêmico na sua página dedicada à educação: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/proposta201002.jhtm

Sinceramente, acho que boné é vestimenta. Embora eu não use, e tenha usado muito pouco durante minha adolescência, acho normal. Igual homens e mulheres usavam durante o século XVIII (18, animal!). E a minha opinião sobre vestimenta é clara: cada um se veste como se sente mais confortável. Sou contra esse negócio de chique ou brega. Sou contra esses conceitos estabelecidos de “terno e gravata é chique” e “bermuda e camiseta é relaxado”. Nunca me prendi a esse tipo de coisa.

Mas quanto ao lance do celular, acho mais do que certo a escola proibir o uso pelos alunos. Escola, para mim, sempre foi lugar de disciplina. Lugar de bom comportamento. Lugar de aprender aquilo que não ensinam dentro de casa. E mesmo que o cara não ande na linha em casa, porque os pais são relaxados, ele tem que andar na linha dentro da escola.

E aí leio que algum imbecil diz que isso é tirar o direito do cara de ir e vir com os seus bens. Mas a questão abordada pelo UOL não é proibir o cara de carregar o celular de um lado para o outro. A proibição é referente ao seu uso. Porque todo mundo abusa. Porque o horário de aula é horário de estudar. E acabou. Não é para se fazer mais nada.

Eu fui aluno por muito mais tempo que fui professor. E ia para a escola para estudar. Porque lá eu gastava a menor parte do meu dia. A maior parte do dia eu passava fora de lá, e gastava para brincar e jogar bola. Nunca gostei de estudar, então aproveitava a maior parte do meu tempo para fazer o que eu gostava de verdade. E aquelas 5 ou 6 horas na escola eu gastava para prestar atenção e fazer o inevitável: estudar.

E é estranho os pais, que hoje relegam à escola a tarefa de educar os seus filhos, reclamarem que estão agora tomando ações para discipliná-los Se fizessem isso dentro de casa, ninguém precisaria proibir.

comentários
  1. Rodrigo disse:

    Esssa de “tirar o direito do cara de ir e vir com os seus bens” foi demais! Po meu, só falta pai achar que o filho esta certo!!!

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  2. Vitor disse:

    Concordo com a proibição. Escola não é lugar para ficar de “bate-papo” no celular. Para emergências, sempre existe o telefone da secretaria. Mas acho que é algo que deva ser explicado para as crianças e adolescentes, para que entendam os motivos, e não simplesmente fiquem com uma imagem ruim do lugar, achando que a “escola é chata”. Se for tudo bem explicado, quando eles se tornarem pais e mães, saberão passar para seus filhos o que aprenderam. E aí volta o formato “família educa, escola complementa” que está meio perdido ultimamente.

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  3. Brunno disse:

    Também concordo com a opinião. Hoje em dia, se diz muito sobre o ‘não dever de proibir’ e estamos pessoas cada vez mais esquisitas e sem noção alguma de limites, daquilo que pode ou não pode. É engraçado que pais deleguem às escolas a responsabilidade da educação de seus próprios filhos e, ao mesmo tempo, não se dá creditos ao trabalho executado pelos educadores. Mais estranho ainda é que não se verificam fatos e o modo de trabalhar destes mas o coro é sempre o mesmo, tendendo à crítica pura e simples sem nenhum embasamento. Sou do tempo do português arcaico, em que se usavam termos como ‘obrigado’, ‘com licença’ e ‘por favor’ e sinto falta disso nessa molecada que só fala miguxês.

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  4. Luis Milanese disse:

    Ótimo texto. Infelizmente não só os alunos precisam de disciplina: os pais também precisam, talvez precisem até mais do que os filhos em si. Acho que tem que proibir o uso e fim.

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  5. “Escola, para mim, sempre foi lugar de disciplina. Lugar de bom comportamento. Lugar de aprender aquilo que não ensinam dentro de casa. E mesmo que o cara não ande na linha em casa, porque os pais são relaxados, ele tem que andar na linha dentro da escola.”

    Pronto, resumiu a minha opinião toda. O mais incrível é a quantidade de pai que defende seus anjinhos, critica a escola, mas nunca acompanhou o dia-a-dia do filho do portão da escola pra dentro.

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