Já era para eu ter escrito isso por aqui, mas demorei. Mesmo assim, vai agora: Feliz Ano Novo pra você, brasileiro!
É, pois é! Embora já estejamos em Junho, é só agora que o ano está começando para nós, brasileiros proletariados que vivem no LISARB, o país onde tudo acontece ao contrário. Por quê? Segundo os dados do impostômetro, criado pela Associação Comercial de São Paulo, o brasileiro gasta, em média, 147 dias do ano (ou seja, 40% do seu tempo) para pagar toda sua carga tributária ao governo.
Assim, se você é curintchano e não entendeu direito, vou tentar explicar melhor. É como se tudo o que você recebeu até o dia 27 de Maio desse ano tivesse ido diretamente pro bolso do governo, sem sobrar nenhum centavo pra você. Só agora é que você, de fato, poderia contar com seu rico dinheirinho. Ou seja, sobra pouco mais da metade do ano para você gastar com suas coisas.
O Joelmir Beting fez uma crítica na Rádio Bandeirantes na semana passada, no dia 26/Maio, sensacional. Dá para você ler um trecho aqui. Mas o recado principal é que nós temos, no nosso querido LISARB, o pior sistema tributário do mundo. E ele concluiu que ninguém irá querer mudar isso pelo menos nos próximos 12 anos.
Ele classifica nosso sistema como:
“um sistema economicamente suicida, juridicamente caótico, politicamente covarde, socialmente perverso.”
Mais ou menos assim: a carga tributária é tão alta que impede o crescimento da economia. Sua complexidade é tão grande que mobiliza só em SP mais de 500 mil advogados para administrar a parte fiscal das pessoas e das empresas. Não há governo que mude isso, porque a máquina pública está tão gorda que precisa disso tudo para manter as suas mordomias. E, por fim, é totalmente perverso com o povo, pois trata os diferentes como iguais, fazendo os pobres pagarem a mesma carga tributária paga pelos ricos.
É assim, os impostos que estão incluídos em todos os serviços (luz, água, telefone, etc.) e produtos (remédios, comida, vestimenta, etc.) são pagos igualmente por todos nós, seja você preto, branco, índio ou amarelo; rico ou pobre. Sem contar o que pagamos de acordo com a renda que temos (o tal do Leão).
Ou seja, camarada, temos o pior sistema tributário do mundo, pagamos uma exorbitância de impostos e taxas (as maiores do mundo), tudo isso para manter essa máquina gorda do Estado.
Bem, pelo menos a gente vive num país com excelentes serviços públicos e condições de vida sublimes, certo?
NOT!